Mais de três décadas após marcarem indelevelmente a história do rock brasileiro, Augusto Licks (guitarra, violão e teclado) e Carlos Maltz (bateria) — dois terços da formação clássica do Engenheiros do Hawaii — voltaram a dividir o palco desde 21 de abril 2024 e seguem com tudo em 2025, reacendendo a chama de uma das bandas mais influentes da música brasileira. A turnê conta com os vocais intensos de Sandro Trindade (Engenheiros Sem CREA) – o show é mais do que um reencontro: é um tributo vivo à trajetória de uma geração.

A importância da obra do Engenheiros do Hawaii transcende o tempo. Ainda hoje, canções como Infinita Highway, O Papa é Pop e Refrão de Bolero seguem ecoando nas rádios, nas playlists e nas lembranças de fãs que atravessam gerações.

O retorno da parceria de Licks e Maltz, após três décadas de silêncio conjunto, é um acontecimento histórico que toca fundo no coração do rock brasileiro, e que teve grande influência do Sandro Trindade, que reconstruiu essa ponte entre o Licks e Maltz. É um novo começo que honra o passado, celebra o presente e presenteia os fãs com a chance de reviver, juntos, a magia que só essa parceria é capaz de criar.

O legado da formação Gessinger, Licks & Maltz é imensurável. Entre 1987 e 1992, eles lançaram cinco álbuns de estúdio que moldaram o pensamento crítico e existencial de uma juventude que crescia em um Brasil em ebulição e efervescência política e socioeconômica: A Revolta dos Dândis (1987), Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém (1988), O Papa é Pop (1990), Várias Variáveis (1991) e o emblemático Gessinger, Licks & Maltz (1992). Além disso, eternizaram performances memoráveis nos registros ao vivo Alívio Imediato (1989) e Filmes de Guerra, Canções de Amor (1993).

Com mais de 3 milhões de discos vendidos, multidões lotando arenas em todas as regiões do país, uma participação histórica no festival Hollywood Rock 1993, e turnês que cruzaram fronteiras internacionais, o Engenheiros do Hawaii firmou seu lugar entre os gigantes da música brasileira.

Hoje, ao ver Licks & Maltz ao vivo, o público não apenas revive clássicos: presencia a própria história do rock nacional sendo celebrada em carne, osso e acordes. Um reencontro que é, ao mesmo tempo, memória e renovação — e que promete seguir emocionando antigos fãs e conquistando novos corações.

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